Foi preciso esperar três anos para que o sector global das energias limpas visse um aumento nos investimentos.
A espera valeu, no entanto, a pena, com uma subida de 16% em 2014, alavancada sobretudo pelo sector solar, mas com uma ajuda da eólica. A China foi o país que mais contribui para esta tendência, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance.
Pequim foi, aliás, quem mais contribuiu para o sector das energias renováveis, com um aumento de 32%. No total, a China investiu 89,5 mil milhões de dólares e é, actualmente, o principal mercado para a energia solar. De acordo com a especialista financeira, foi exactamente este impulso ao sector que permitiu os bons resultados globais, apesar da baixa acentuada dos preços do petróleo.
“O impacto do crude mais barato vai sentir-me muito mais nos transportes rodoviários do que na produção eléctrica”, antecipa, mesmo assim, o presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance, Michael Liebreich, em comunicado.
No total, os investimentos globais em energias limpas representaram 310 mil milhões de dólares, em 2014. Desses, quase metade foi para o sector solar, com 149,6 milhões de dólares (25% de crescimento). Já o sector eólico sentiu um aumento de 11%, com um total de 99,5 mil milhões de dólares em investimento.
Em termos de produção, o foco de investimentos está cada vez mais a passar de projectos centralizados para distribuídos. A produção descentralizada concentrou 73,5 mil milhões de dólares, o que foi sinónimo de um aumento de 34%.
O sector das “tecnologias inteligentes” obteve um crescimento de 10%, alcançando os 37 mil milhões. Esta categoria de análise da Bloomberg New Energy Finance inclui produtos eficientes, armazenamento de energia e veículos eléctricos.
Já o sector dos biocombustíveis foi um dos poucos segmentos de energias limpas a sofrer um impacto negativo. Com uma quebra de 7%, os investimentos ficaram-se por 5,1 mil milhões de dólares.
Fonte: edificioseenergia.pt 12/01/2015